Planejamento é a chave para conciliar preservação ambiental e exploração agrícola no Cerrado
Em entrevista para a revista Época, o professor e integrante do Grupo de Pesquisa HEroS, Paulo Tarso Sanches de Oliveira afirmou: “Não se pode desmatar de forma desordenada e fazer ocupação do solo sem entender quais as consequências disso”. O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e contribui para a formação de importantes bacias hidrográficas.
Segundo o professor, “Conciliar a produção de alimentos e o desenvolvimento econômico com a conservação do Cerrado é um dos grandes desafios para o Brasil, já que a agricultura é responsável por 23% do Produto Interno Bruto brasileiro. Segundo a Embrapa, nos anos de 2009 a 2010, 54% da soja, 95% do algodão, 23% do café, 55% de carne bovina e 41% do leite foram produzidos na região de Cerrado. […]”
O aumento da exploração nesta região é fruto das condições topográficas, com relevo plano e suave ondulado, e solos adequados para a atividade agrícola mecanizada, bem como poucas áreas protegidas por legislação indicam que essa continuara a ser a principal região para exploração agrícola no Brasil, afirma o Paulo Tarso. O Novo Código Florestal determina uma área de 35% para a reserva legal no Cerrado enquanto que para a Amazônia a reserva legal é de 80%. O último levantamento oficial do governo foi feito em 2010 e aponta que 50% da vegetação natural já foi substituída por áreas de pastagem e agricultura no Cerrado.
Na opinião de Paulo Tarso, deveria ser realizado o mapeamento do Cerrado e determinar as regiões a serem preservadas. A agricultura e a pecuária devem ser melhor planejadas.
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